Quais as previsões para o futuro das startups?
O ano de 2020 foi muito desafiador e mudou o futuro das startups. Atípico em todos os sentidos, o período demandou das empresas um alto poder de adaptabilidade, senso de urgência e de inovação.
Não é uma regra, mas muitas startups ganham destaque no mercado, exatamente, por conseguir um crescimento exponencial em cenários de adversidade. Muitas responderam bem ao novo momento, em decorrência dessa experiência do próprio segmento, e por estar imersas no contexto da transformação digital.
No entanto, isso não significa que não houve desafios. Além disso, um novo cenário foi consolidado e é preciso que as startups estejam atentas às novidades. Quer entender mais sobre o assunto? Continue a leitura deste post!
Sumário
O que era esperado para 2020?
No ano de 2020, o mercado fez a previsão de aceleração de algumas tecnologias. De fato, elas aconteceram. O mais interessante é que o movimento foi impulsionado em decorrência da pandemia, em que o cenário de distanciamento social demandou adaptação e ocasionou uma mudança no comportamento das pessoas e das organizações.
Dentre as tendências que estavam previstas em 2020, podemos citar digitalização das empresas, cibersegurança, saúde e bem-estar de colaboradores e soluções em mobilidade. A pandemia acabou fortalecendo essas previsões, porque se tornaram necessidades urgentes. A seguir, entenda mais sobre cada uma.
Digitalização das empresas
O processo de digitalização das organizações é uma temática que sempre retornar nas tendências em inovação e tecnologia. O motivo é que ele está mudando constantemente, com novas soluções ganhando força, e podendo ser implementadas em diversos contextos dos negócios.
No Brasil, a transformação digital era uma realidade mais comum às grandes corporações e às startups. Isso ocorre por muitas grandes empresas serem financiadoras de startups, acumulando projetos em parceria. Com o cenário da pandemia, vimos um movimento em que empresas de pequeno e médio porte tiveram que acelerar o seu processo de digitalização.
Elas precisaram rever as suas prioridades e encontrar soluções tecnológicas que aprimorassem suas rotinas, enquanto possibilitavam uma otimização dos custos. Nesse sentido, as startups encontraram um terreno com uma boa demanda. Alguns nichos ganharam destaque.
De acordo com Mauricio Martinez, gerente de P&D e Inovação da Oxigênio Aceleradora, as startups do segmento de meios de pagamentos foram as que tiveram demanda de aceleração no período. As pessoas passaram a comprar mais online, e os negócios que ainda não estavam no digital migraram para esse ambiente.
Cibersegurança corporativa
Em 2018, foi promulgada a Lei Geral de Proteção de Dados, ou LGPD. A sua vigência se deu em 2020, e ela trouxe uma necessidade das empresas redobrarem seus cuidados com os dados dos clientes. Em decorrência do início previsto para a sua vigência, havia um movimento no mercado com foco na cibersegurança acontecendo.
A chegada da pandemia acabou acelerando e fortalecendo a áreas de segurança da informação e cibersegurança corporativa. O contexto do trabalho remoto, mais conhecido como home office, trouxe um desafio a mais para as empresas. Uma força tarefa foi necessária para que a migração do trabalho em casa fosse feita, garantindo a segurança dos dados.
As empresas que estavam com a sua adequação para a LGPD responderam bem a esse cenário. Porém, aquelas que não estavam, precisaram correr, e isso inflou a demanda por soluções nesse segmento de tecnologia. Esse é um nicho que deve assumir um crescimento constante.
Saúde e bem-estar de colaboradores
Nos últimos anos, as startups com foco em People Analytrics e People Management vinham ganhando cada vez mais espaço no mercado. O Employer Branding das organizações tem como missão atrair e reter os talentos das novas gerações. Elas são marcadas pela valorização da meritocracia, da qualidade do clima organizacional e dos benefícios ofertados pela empresa.
Ao contrário das gerações anteriores, os Millenials e a geração Z são difíceis de reter. Isso é um ofensor ao baixo turnover. Por esse motivo, as empresas vinham desenvolvendo ações de RH estratégico para usar os dados a favor da humanização da relação entre elas e colaboradores.
A pandemia trouxe um desafio a mais: somos seres sociais e a falta de contato presencial impactou o psicológico de muitas pessoas, além do próprio cenário de incertezas. Assim, as startups com foco em saúde e bem-estar de colaboradores se fortaleceram nesse período. Essas soluções tendem a ganhar novas configurações no pós-pandemia, com a chegada de novidades.
Soluções em mobilidade
A digitalização de processos é um tema que está muito relacionado com o conceito de mobilidade. Muitas vezes, pensamos que esse termo está atrelado somente aos modais, como os carros por aplicativo, mas isso é um equívoco. As ferramentas de gestão com tecnologia de cloud computing também se fortaleceram em todos os segmentos econômicos, inclusive, na agricultura.
O cloud computing é uma tecnologia que fundamenta softwares e aplicativos e que permite que os usuários façam o seu uso de qualquer lugar, desde que tenha um dispositivo e acesso à Internet. Isso permitiu que muitos gestores pudessem continuar com a operação dos negócios, mesmo em um contexto de distanciamento social.
Essa solução dispensa a necessidade de um data center e, claro, de manutenção física do mesmo. Assim, os usuários têm a flexibilidade de usar a solução no momento que quiserem. A prova da sua eficiência é que muitas empresas, como as próprias startups, tiveram um aumento de produtividade, ainda que na crise.
Como a pandemia afetou as startups?
Para Mauricio Martinez, de uma forma geral, as startups responderam bem ao cenário da pandemia. Apenas o segmento de turismo e viagens teve um maior impacto, em decorrência das restrições e da necessidade de não aglomeração. A mudança para o regime de trabalho remoto teve um resultado satisfatório.
Parte dessa boa perspectiva é devido ao perfil dos talentos que compõem as startups. Sua maioria são profissionais pertencentes às gerações Y e Z: elas têm afinidade com a tecnologia e se adaptam bem às inovações. Talvez, a maior dificuldade seja o volume de demanda devido ao novo normal.
Com a aceleração da transformação digital no Brasil, os empreendedores precisam ter cuidado em relação ao que está por vir. O futuro das startups é positivo, porém, é preciso atuar de maneira estratégica.
“As corporações estão com muito apetite de trabalhar com startups e elas precisam estar muito maduras, até para dizer não! É preciso estar bem fortalecida para poder aguentar a demanda do mercado, para não se queimar”, pondera Martinez.
O que esperar para 2021?
Para alcançar o crescimento da startup em 2021, você deve buscar a aceleração. Nesse ano, a expectativa é de fortalecimento do que foi feito no período anterior e do surgimento de soluções híbridas, considerando o cenário positivo de chegada das vacinas para combater a Covid-19. O reaquecimento da economia é uma consequência, e a demanda pelas soluções inovadoras das startups deve aumentar.
O futuro das startups é promissor, e é preciso destacar a sua dentre tantas no mercado. “Elas devem estar preparadas e transparentes para as mudanças, que são rápidas”, reforça Mauricio Martinez. Por isso, comece a preparar a sua startup para batchs de aceleração. Se você tem vontade de empreender e abrir uma startup, já sabe para qual caminho seguir, não é verdade?
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