Healthtechs: entenda o futuro para esse modelo de startup!
Dentre todas as consequências da pandemia de Covid-19 que assolou o mundo em 2020, uma delas foi o aumento da percepção de valor do público sobre as questões envolvendo a saúde individual e coletiva. Isso vale tanto para as tecnologias de diagnóstico e tratamento de doenças quanto para o acesso a serviços de saúde ou a necessidade de ter uma vida mais saudável e equilibrada.
Nesse contexto, as healthtechs têm ganhado cada vez mais força de mercado e chamado a atenção de investidores profissionais. O objetivo deste artigo é detalhar um pouco mais sobre o que são e quais as principais características de startups da área de saúde, apresentar as projeções para o futuro desse mercado e mostrar como aproveitá-las da melhor forma possível.
Quer saber mais? Então continue a leitura!
Sumário
O que é uma healthtech?
Podemos definir as healthtechs como startups que visam a transformar as soluções existentes de assistência à saúde, por meio da aplicação consistente de tecnologia. Seu objetivo é inovar métodos de trabalho, potencializar a produtividade do setor e solucionar problemas que envolvem profilaxia, análises, terapias, fármacos e muitos outros.
Ainda que a pandemia tenha jogado mais holofote sobre esse mercado, não é de agora que as healthtechs existem e influenciam a nossa qualidade de vida. No mundo todo, institutos de pesquisa, em parceria com universidades, órgãos governamentais e entidades do terceiro setor dedicam boa parte de seus recursos tangíveis (materiais e financeiros) e intangíveis (tempo e capital intelectual) à solução dos maiores desafios de saúde, como o desenvolvimento de medicações, vacinas e tratamentos.
Contudo, com o avanço de soluções e ferramentas tecnológicas, como a IoT (Internet das coisas), Big Data, Inteligência Artificial e outras, o surgimento de novas soluções em saúde tem se tornado cada vez mais comum e menos restrito aos grandes centros de pesquisas.
O uso de tecnologia de ponta para o aprimoramento da saúde é muito amplo e promissor. Ele pode tornar mais eficiente tanto a vivência dos atendimentos nos hospitais, ambulatórios e postos de saúde quanto o desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico, tratamento, prevenção e pesquisas.
Quais são as projeções para esse mercado?
Por se tratar de um mercado estruturado e pautado pela forte relação de confiança entre profissionais (enfermeiros, médicos, etc.) e pacientes, podemos afirmar que se trata de um setor consolidado. O avanço de tecnologias de comunicação tem impulsionado novos métodos de trabalho, como o atendimento por telemedicina, que passou a ser amplamente praticado devido à pandemia de Covid-19.
Igualmente, a necessidade constante e proeminente por novas soluções em saúde e o desejo por se manter saudável e feliz pelo maior tempo possível, têm causado uma mudança cultural profunda e isso também impulsiona o crescimento do setor.
Outros mercados que podemos considerar “paralelos” ao setor de saúde, como o fitness, também estão entre os segmentos em crescimento exponencial ao longo dos últimos anos, devido à procura cada vez maior por hábitos mais saudáveis e a preocupação com a saúde na velhice. Esse desenvolvimento revela uma mudança gradativa de comportamento, que envolve exercícios físicos, hábitos alimentares e saúde mental.
Sendo assim, as mudanças comportamentais e tecnológicas, catalisadas pelo sentido de urgência gerado pela demanda de novas pesquisas e tecnologias inovadoras no combate à Covid-19, demonstram um panorama favorável e com boas perspectivas para o setor e para as healthtechs, tanto no Brasil quanto no mundo.
Quais são os caminhos para escalar as healthtechs?
Healthtechs são startups e, como tal, são caracterizadas como um grupo de pessoas que trabalham em ambientes de procura por um modelo de negócio que seja repetível e escalável. Por atuar em mercados competitivos, a velocidade de ação precisa ser um diferencial capaz de superar os desafios que se impõem.
Sendo assim, o caminho para que as healthtechs escalem os seus negócios no cenário atual passa por três etapas fundamentais. Veja quais são elas.
Ser rápido para testar e validar hipóteses
Validar hipóteses sobre mercado, produto, clientes, problemas e soluções faz parte das ações prioritárias de uma startup. Afinal, esse tipo de negócio só pode realmente continuar a se desenvolver quando valida um modelo repetível e escalável, baseado em um mínimo produto viável.
Testes, erros e mais experimentos devem fazer parte da cultura da empresa, pois cada insucesso também gera informações relevantes e que podem ser reaproveitadas em novas abordagens.
Apostar no Growth Hacking
Growth Hacking nada mais é do que o desenvolvimento e a aplicação de estratégias inovadoras voltadas ao crescimento. Estamos nos referindo ao conceito mais amplo, seja ele o número da base de clientes, a quantidade de conversões de visitantes em leads no site, a conversão do número de acessos em vendas de um e-commerce ou mesmo a divulgação da marca da empresa para o mercado.
Estratégias desenvolvidas nessa metodologia focam a utilização de dados-chave sobre o mercado, clientes e produtos para, então, desenvolver linhas de ação para o crescimento acelerado.
Procurar parceiros investidores
Crescer rápido é um objetivo comum de muitas startups, pois é preciso aproveitar o espaço ganho com a inovação antes que os demais players do mercado passem a reagir. Por isso, contar com uma rede de investidores que suportem a empresa financeiramente em suas fases iniciais é fundamental.
Para obter esse tipo de apoio e conseguir captar recursos, é preciso fazer a lição de casa, preparando tanto a empresa (validando hipóteses, produtos e o MVP) quanto a apresentação (pitch deck).
Também é importante destacar que o papel dos investidores vai muito além da quantidade de dinheiro que possam aportar em um negócio. Procure parceiros que possam agregar expertise pessoal, ou seja, o seu networking, a sua experiência profissional e a sua mentoria, como forma de contribuição ao desenvolvimento da empresa.
Podemos observar que as healthtechs têm um potencial de mercado enorme, graças a fatores confluentes, como a forte mudança de mentalidade e hábitos, o desenvolvimento tecnológico e uma demanda constante por inovações. Portanto, cabe aos empreendedores a iniciativa de aplicar as estratégias apresentadas para dar escala aos seus negócios e aproveitar esse cenário favorável.
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