3 principais unicórnios brasileiros e o que aprender com eles
Você já ouviu falar em unicórnios brasileiros? De acordo com um levantamento conduzido pela consultoria CB Insights, o Brasil ocupa a décima posição em meio aos países com o maior número de startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares — ou seja, um valuation superior a US$ 1 bilhão. São justamente essas empresas que recebem essa denominação, cunhada por Aileen Lee, uma investidora norte-americana, no ano de 2013.
Na prática, valuation representa uma estimativa de quanto um negócio vale. Nesse caso, o cálculo considera inúmeros fatores, dedicando uma atenção especial ao potencial de t3 principais unicórnios brasileiros e o que aprender com elesração da empresa e à sua geração de caixa.
Quer entender mais a fundo o que são os unicórnios, quanto tempo pode levar para que uma startup seja denominada dessa forma, entre outros pontos igualmente relevantes? Continue a leitura!
Sumário
O que são unicórnios?
Como introduzido, os unicórnios são startups que atingiram uma avaliação superior a 1 bilhão de dólares antes de terem as suas ações na Bolsa de Valores. A expressão curiosa surgiu quando Aileen a utilizou pela primeira vez no artigo “Welcome to the unicorn club: learning from billion-dollar startups” — ou “Bem-vindos ao clube de unicórnios: aprendendo com as startups de um bilhão de dólares”, em tradução livre para português.
O termo foi introduzido no contexto empresarial justamente por todo o simbolismo do animal mítico que carrega o seu nome, remetendo à ideia de raridade.
Como se tornar um unicórnio e quanto tempo uma startup pode levar para atingir esse patamar?
Embora seja o valor de mercado que transforma uma empresa em um unicórnio, existem outros elementos que também devem estar presentes: o foco na experiência do cliente, a posição de vantagem, a tecnologia e a inovação.
Nesse sentido, mesmo que não exista uma fórmula mágica ou uma espécie de tutorial que ajude uma startup a atingir o seu primeiro bilhão em avaliação, entrando para a lista de unicórnios, alguns aspectos podem se revelar grandes aliados.
Afinal, algumas das características que as startups unicórnios têm em comum são:
- iniciativas estratégicas de marketing;
- plano de negócios bem estabelecido;
- boa gestão das redes sociais;
- cultura organizacional positiva;
- foco integral no cliente;
- gestão de pessoas adequada.
No entanto, em média, é possível dizer que o tempo que uma startup recentemente fundada leva para se tornar uma empresa unicórnio é de seis anos, embora existam negócios que tenham atingido esse patamar em um período inferior.
Isso se explica de maneira simples: o percurso para se tornar um unicórnio é trabalhoso, mas não é necessariamente extenso. Ao longo desse caminho, é importante:
- “fazer barulho”, para se tornar conhecido por meio de boas ações de marketing, de um bom posicionamento no mercado e de um contato mais pessoal com o público-alvo;
- ser “o melhor” no que você faz — esse é o segredo para atingir o topo;
- dar o seu melhor, disponibilizando soluções que verdadeiramente agregam valor e solucionam as dores dos consumidores (ou até mesmo se antecipam a elas). Assim, mantendo o foco na experiência dos clientes durante toda a jornada de compra e, principalmente, enxergando as pessoas como pessoas, de fato, e não apenas como leads, distanciando-se de quaisquer traços de robotização;
- arriscar, já que assumir riscos é praticamente a base de qualquer unicórnio — é impossível chegar ao topo sem aprender a lidar com eventuais tropeços;
- investir na própria tração, já que é inviável tracionar e fazer dinheiro sem injetar um valor;
- contar com os melhores profissionais, afinal, o capital humano permanece sendo o mais valioso ativo de qualquer empresa.
Quais os exemplos atuais de unicórnios brasileiros?
Inicialmente, é interessante listar alguns dos unicórnios brasileiros para compreender um pouco da trajetória dessas empresas.
1. NuBank
Começando pelo NuBank, fundado em 2013, essa fintech — que tem como um dos fundadores uma brasileira — alcançou a marca de unicórnio no ano de 2018, posteriormente à sua participação em uma rodada de investimentos. Portanto, foram cinco anos de caminhada até se tornar o terceiro unicórnio brasileiro e a sétima startup mais valiosa em âmbito mundial.
2. Gympass
Mencionando a Gympass como nosso segundo exemplo, a hrtech trilhou uma jornada de sete anos até se tornar um unicórnio, já que foi fundada em 2012. Recentemente, o app de bem-estar recebeu um aporte de 300 milhões de dólares, o que elevou a sua avaliação para 1 bilhão de dólares. A empresa hoje está avaliada em US$ 2,2 bilhões.
3. Loggi
A Loggi, para fechar a nossa lista, foi a oitava startup do Brasil a ser avaliada em 1 bilhão de dólares, também após uma rodada de investimentos. A mobtech, fundada em 2014, levou cinco anos para se tornar um unicórnio e, atualmente, está avaliada em US$ 2 bilhões.
O que os unicórnios brasileiros podem nos ensinar?
O fato é que, ao fazermos uma análise minuciosa dos unicórnios brasileiros, será possível notar que uma grande parcela dessas empresas desbravou nichos ainda pouco explorados ou inovou ao fazê-lo, priorizando, entre outros aspectos, o atendimento das demandas e vontades do seu público.
A maioria delas também concentra a sua veiculação em sites e/ou apps, demonstrando coerência com o contexto atual do mercado, cada vez mais tecnológico. Outra percepção que podemos extrair ao estudá-las é que a maior parte, em um primeiro momento, não visava ao lucro, mas, sim, ao reconhecimento.
Esse foco inicial vem se revelando determinante para tracionar um negócio, escalando-o em intervalos de tempo decrescentes. Assim, é possível apreender que, quando se trata de alcançar o patamar de empresa unicórnio, uma mentalidade empreendedora, uma gestão eficiente e a inovação são as verdadeiras palavras-chave.
Como vimos, os unicórnios brasileiros, embora atuem nos mais distintos segmentos, têm algumas características fundamentais em comum, como o foco no cliente, a receptividade ao novo, um marketing bem fortalecido e a abertura aos riscos, sempre presentes quando o objetivo é tracionar. Portanto, se você quer escalar sua startup e alcançar outro patamar no mercado, vale a pena adotar esse mindset e replicá-lo nos inúmeros “braços” da sua gestão.
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