IA do Google: o que você mais precisa saber sobre o Bard
A inteligência artificial veio para ficar. Ainda que a tecnologia já estivesse em desenvolvimento há décadas, e já fizesse parte do nosso dia a dia há muitos anos, isso só ficou evidente a partir do final de 2022, quando o ChatGPT e sua interface voltada ao usuário promoveu a interação homem-máquina. E agora, precisamos falar do Bard, a IA do Google.
É claro que a maior tecnologista do mercado não ficaria de fora. Após alguns tropeços no lançamento antecipado do Bard, como parte de mostrar que a empresa também estava nessa corrida, a IA da Google cresce em maturidade e eficiência a cada dia. Mas afinal de contas, o que você já sabe sobre essa nova tecnologia? Então, aproveite e saiba ainda mais agora!
Qual o impacto do ChatGPT desde o seu lançamento?
Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que a inteligência artificial desses chatbots não é algo alienígena, que desceu dos céus para agraciar a humanidade. Na realidade, a tecnologia de base para essas ferramentas, tais como LLM (Grandes Modelos de Linguagem), ML (Aprendizado de Máquina) e Transformadores já vinha sendo sofisticados há muitos anos.
No entanto, as únicas pessoas que tinham contato com essas soluções eram aquelas envolvidas em seus desenvolvimentos — um círculo extremamente restrito, técnico e acadêmico. No entanto, em um lampejo de impulsividade e timing de mercado, a diretoria da OpenAI (criadora do ChatGPT) entendeu que o futuro da inteligência artificial estava na mão das pessoas.
Foi com esse sentimento que a startup abriu o acesso do ChatGPT ao público. Desde então, o chatbot alcançou um feito que não para de ser estampado em artigos, jornais e magazines digitais. O ChatGPT bateu 100 milhões de usuários em uma semana — algo inédito até mesmo para o setor de tecnologia, que está habituado com a viralização e exponencialidade das coisas.
Sem sombra de dúvidas, esse lançamento será estudado por anos como um exemplo de UX, pois foi revolucionário na forma simples, direta e objetiva com que conectou as pessoas e a máquina. Não por acaso, a adoção em massa reforçou a visão da Microsoft sobre a tecnologia, que usou essa validação para aportar mais 10 bilhões de dólares em sua parceria com a startup.
Da noite para o dia, pessoas e empresas encontraram na ferramenta generalista alguma forma de solução para os seus problemas. Enxergando a validação do modelo, a Google acelerou o lançamento de sua versão, que sofreu alguns dilemas no início, mas que está ficando cada vez mais robusta, inteligente, ágil e funcional na interação com o consumidor.
Qual é a solução de IA do Google?
Na fantasia medieval, o bardo é um personagem de ricas habilidades linguísticas, capaz de compor canções, frases e noções que se conectam com as pessoas, gerando comoção, encanto e deslumbramento — como pode ver, esse é um nome divertido e oportunidade para um modelo de linguagem. No entanto, a solução da Google não honrou o nome no lançamento inicial.
Na realidade, a decepção com a tecnologia foi tanta que as ações da gigante chegaram a despencar por um breve momento. Reconhecendo a importância de não abandonar essa corrida, a Google instrumentalizou seu exército de desenvolvedores e cientistas, e priorizou o refinamento da ferramenta, que precisava se tornar funcional e competitiva.
E hoje vivemos a corrida da IA — semelhante à corrida nuclear e à corrida espacial. Aqui, entendemos que a inteligência artificial será uma das maiores tendências tecnológicas dos próximos anos, pois tem um potencial explosivo para mudar a sociedade, tanto positiva quanto negativamente, o que abastece o setor de polêmicas, riscos e oportunidades.
Da forma como percebemos, o Bard, que é a IA da Google, vai ganhando força por aproveitar talentos e particularidades que seguem sendo as vulnerabilidades do ChatGPT. Vamos pensar na long run, ou seja, quem está melhor preparado para vencer esse combate. A OpenAI é brilhante e tem aportes decabilionários de outra gigante da tecnologia, a Microsoft.
No entanto, a Google tem a indexação de todo o conteúdo superficial já criado na internet, ainda mais se acrescentarmos, para além das páginas, o volume titânico de milhões de anos de conteúdo audiovisual gerados para o YouTube. Ou seja, o que não falta é conteúdo para a Google treinar e refinar seus modelos — além de um caixa “virtualmente” infinito de recursos.
Outro ponto é que o ChatGPT, para expandir suas funcionalidades, como o uso de plugins, que permitem a navegação na internet e interação com aplicativos, exige que o consumidor pague por isso — ao momento da redação deste artigo, 20 dólares por usuário. Já o Google Bard oferece isso de graça para todos que têm o acesso à ferramenta.
Como utilizar o Bard, a IA do Google?
Já aqui, ligamos com um ponto delicado, pois o Google Bard não está disponível em todos os países. Inclusive, até o momento desta redação (final de maio de 2023), o Bard sequer estava disponível no Brasil, além de Canadá e alguns países europeus, que são reconhecidos por terem políticas mais delicadas de acesso e manuseio de dados, vide GDPR e LGPD.
Por isso, se você está em um dos países ao qual o serviço ainda não está liberado, não há como acessar o Bard. Algumas pessoas contornam isso utilizando uma VPN. No entanto, também existem relatos de que a ferramenta reconhece o artifício e impede o acesso. Em contrapartida, se você está em um dos 180 países com acesso liberado, basta acessar Meet Bard.
Como pode ver, essa é uma diferença crítica entre Bard e ChatGPT, pois o impacto que essa tecnologia pode oferecer para pessoas e empresas está diretamente ligada à facilidade de acesso a essas ferramentas. A OpenAI, inclusive, acabou de lançar o app para iOS do ChatGPT, reduzindo ainda mais essa barreira de entrada.
Por fim, também vale notar que os dois sistemas ainda estão longe de serem considerados, efetivamente, AGIs (Inteligências Artificiais Gerais). Mesmo em sua última versão (GPT-4), o ChatGPT ainda alucina e comete alguns equívocos, ainda que em menor frequência do que o Bard. No entanto, a diferença qualitativa entre os dois modelos se torna menor a cada dia.
Como pôde ver, o uso tanto da IA da Google quanto da OpenAI veio para revolucionar as rotinas de trabalho. Pessoas em, praticamente, todos os ramos profissionais já perceberam como essas soluções podem agilizar suas rotinas, automatizando tarefas repetitivas e qualificando alguns de seus processos e necessidades.
Agora que você tem uma boa noção sobre o Bard, a IA do Google, aproveite para espalhar essa tecnologia e suas oportunidades entre os seus amigos. Para isso, basta compartilhar este post nas suas redes sociais!