Lean startup: como crescer a sua startup de forma enxuta?
Se você empreende ou já pensou no assunto, deve ter ouvido falar em um caminho comum entre aqueles que desejam tirar suas ideias do papel: desenhar um bom plano de negócios, captar recursos e investidores, montar uma equipe e, assim, partir para a produção. A questão é que, muitas vezes, essa longa trajetória resultava em um desperdício de tempo e dinheiro. Foi assim que, na contramão do modelo tradicional, surgiu a Lean Startup, que revolucionou a ignição de novos empreendimentos.
Desenvolvida por Eric Ries — que lançou, em 2011, um livro com o mesmo título —, Lean Startup significa “Startup Enxuta”. O que o autor quer dizer é que um empreendedor não precisa, necessariamente, pensar como um clássico gestor e fazer um grandioso plano: é possível “enxugar” as etapas de criação e otimizar o uso de tempo e recursos.
A ideia central de Ries é favorecer a experimentação e o feedback do público-alvo em vez de apostar na elaboração de um projeto complexo.
Apesar de ser relativamente recente, esse conceito de aceleração de startups surpreendeu muita gente e tem feito bastante sucesso. Neste post, você vai conhecer melhor esse método, quais são suas bases e como colocá-lo em prática. Interessado? Acompanhe a leitura!
Sumário
Afinal, o que é a Lean Startup e que mudanças ela propõe?
Empreender não é uma tarefa fácil, tanto que a taxa de mortalidade de startups chega a 75%. Poucas conseguem sobreviver a mais de 4 anos, segundo a Fundação Dom Cabral. Nesse cenário, a metodologia de Eric Ries — que pode ser aplicada a qualquer tipo de segmento — apresenta noções inovadoras que tornam todo o processo de criação de uma empresa mais concreto e objetivo, minimizando riscos.
Ries enfatiza a importância de testar e pilotar ideias, bem como estar atento às falhas e aprender com elas, eliminando etapas desnecessárias e redundantes. Logo, o que ele propõe é uma possível solução para uma das maiores dores de empreendedores modernos: conseguir alavancar um projeto de forma rápida e barata.
Quais são os pilares desse método?
A Lean Startup busca ajudar empresários a transformar sonhos em realidade de forma descomplicada e em poucos passos. Conheça seus 3 principais pilares e veja como ela funciona:
Organização e elaboração do Canvas
De acordo com a metodologia de Ries, o empreendedor não precisa dedicar meses a pesquisas e relatórios. No entanto, isso não quer dizer que ele não precisa organizar suas ideias e as hipóteses que ele pretende comprovar e testar.
Assim, em primeiro lugar, Ries aconselha o uso de uma ferramenta chamada Canvas, que é uma espécie de diagrama simplificado no qual a pessoa vai colocar no papel aspectos como:
- qual é a solução que deseja inserir no mercado e sua proposta de valor;
- quem é o público-alvo e como a marca vai se relacionar com ele;
- como esse produto será disponibilizado;
- quais serão as parcerias, atividades e recursos necessários;
- entre outros fatores.
Desenvolvimento de clientes
A etapa seguinte é a que Ries chama de customer development, que diz respeito justamente a parte de testes. Nesse momento, a startup vai conversar com seus potenciais clientes e parceiros, coletar feedback sobre diversas características do produto ou serviço — preço, formato, entrega, etc — e, desse jeito, verificar sua aceitação e viabilidade.
Como você pode perceber, a abordagem foca realmente na experimentação. O empreendedor deve, literalmente, procurar seus possíveis consumidores nos canais escolhidos, mostrar sua solução e levantar dados sobre o interesse e a percepção dos usuários. Para isso, ele vai precisar montar um MVP — sobre o qual falaremos a seguir.
Essa é uma fase que o autor chama de “pivotagem”, na qual é por meio de testes, revisões e ajustes de hipóteses que o empreendedor aprende mais e redesenha com mais sucesso seu negócio e sua oferta.
Ignição rápida
Por fim, a Lean Startup pratica o agile development, que atua lado a lado com o customer development que mencionamos. Com seu MVP, o empreendedor não perde tempo e tem acesso à informação em tempo real sobre a receptividade do seu produto, podendo criá-lo e modificá-lo de maneira interativa e efetiva — conforme a resposta dos clientes.
Logo, não é preciso fazer um lançamento definitivo de uma solução no mercado: ela é verificada e passa por ciclos de melhorias e adaptações ao longo do processo.
O que é MVP?
Elemento fundamental da Lean Startup, o MVP é a sigla para Minimum Viable Product, que é traduzido como Produto Mínimo Viável. Ele nada mais é do que uma versão beta de um determinado produto, que vai ser usado para validação diante do público-alvo da marca.
Sendo assim, na fase de pivotagem, o empreendedor apresenta seu MVP para um grupo de consumidores potenciais e verifica sua recepção. Então, checa problemas, oportunidades e até mesmo erros de estratégia. Para acertar na produção do seu MVP, considere as seguintes dicas:
- levante claramente as hipóteses que deseja confirmar com seu MVP. Pode ser um vídeo mostrando como o serviço funciona ou um protótipo do item a ser vendido em si;
- busque saber mais sobre o mercado e seus concorrentes e rascunhe o perfil do seu cliente ideal — persona. Pense quais são as necessidades e desejos dessas pessoas e como sua marca pode ajudá-las;
- use boas métricas e indicadores para avaliar a performance do seu MVP — e assim fazer as correções certas;
- não tenha medo de errar ou desista. Você verá que o tempo dedicado a iniciativas, testes, modificações e pesquisas valerá a pena e terá um maior custo-benefício e grandes chances de êxito do que se lançar produtos sem uma aprovação posterior.
A Lean Startup inspirou a criação e o desenvolvimento de muitas empresas de sucesso como a Amazon, o Facebook e, no Brasil, a Easy Taxi. No entanto, ela está longe de ser uma fórmula garantida. Seus princípios e ferramentas são muito úteis e, se levados a sério, podem ajudar empreendedores que se sentem limitados com a falta de recursos a validar suas ideias de modo prático, econômico e sem perder tempo!
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