Tudo o que você precisa saber sobre plataformas no code!
Se você ainda acredita que para montar um site ou aplicativo é preciso ter um grande conhecimento sobre programação, então precisa conhecer a tecnologia no code. Com ela, qualquer pessoa pode criar o seu próprio projeto.
Utilizando recursos visuais de uma forma simples e intuitiva, as plataformas no code eliminam a necessidade de fazer páginas incontáveis com códigos complexos para elaborar projetos. São uma grande revolução.
Quem conta para gente como essa tecnologia funciona é Caio Felipe Santos, analista de pesquisa e desenvolvimento na Oxigênio Aceleradora. Ele trouxe informações sobre o tema e falou sobre a Gincana Tech, promovida pela Oxigênio e que teve como tema esse conceito. Continue lendo para conferir!
Sumário
O que é plataforma no code?
Caio responde: “são plataformas com recursos visuais nas quais você consegue montar um site ou aplicativos, por exemplo, utilizando esses recursos, principalmente arrastando alguns ícones. Você consegue montar ali o seu protótipo”.
Ou seja, consiste em uma tecnologia que elimina a necessidade de usar códigos complexos para criar um projeto. Traz autonomia para que mesmo as pessoas que não têm conhecimento sobre programação e codificação elaborem protótipos de ferramentas que serão utilizadas no dia a dia.
O funcionamento dessa tecnologia é muito simples: o usuário tem acesso a uma plataforma na qual ele vai encontrar diversos recursos ou peças para montar o esqueleto do seu projeto. Basta usar aqueles que quiser.
Caio conta que o usuário precisa apenas de um conhecimento básico dos seus próprios processos. Ele arrasta ícones de um lado para o outro, construindo, de uma forma visual, todo o projeto. Não há necessidade de incluir qualquer código, daí o nome da tecnologia: “no code”, em bom português, sem código.
Qual é a importância da plataforma no code?
Em relação à importância do no code, segundo Caio, o fato que mais se destaca é a autonomia que conferimos para as pessoas criarem os seus próprios projetos, mesmo sem ser um grande especialista em linguagem de programação.
Renato Asse, fundador da Sem Codar, escola de desenvolvimento visual de aplicativos web e mobile, também fala um pouco sobre a importância dessa tecnologia, trazendo como exemplo profissionais que atuam no setor de recursos humanos.
Segundo ele, ninguém melhor do que as próprias pessoas que lidam com desafios e problemas no dia a dia para saber o que deve conter um aplicativo que será utilizado nesses processos rotineiros.
“O executivo do RH sabe exatamente quais as dificuldades na integração de novos colaboradores, as dúvidas mais comuns, as informações mais solicitadas. Ele será cirúrgico, e solucionará o problema de forma rápida e eficaz”, ele explica.
Caio reforça explicando que a própria pessoa consegue montar aquilo que o seu negócio precisa. Ela mesma faz a automatização, o que traz agilidade para o processo de construção. Utilizando a metodologia OKR, o projeto estará ainda mais alinhado e será eficiente.
Também contribui para uma expressão mais clara das ideias. Criando todo esse protótipo do projeto na plataforma no code, entrega para o desenvolvedor exatamente aquilo que precisa.
Qual é a diferença entre no code e low code?
Como você viu, na plataforma no code a pessoa não precisa ter nenhum conhecimento em programação para criar projetos. É nesse sentido que essa tecnologia se diferencia da low code, como Caio explica em seguida.
“O low code tem uma linha de raciocínio parecida com o no code, mas são plataformas com soluções semiprontas, recursos modulares. A pessoa precisa ter um pouco mais de conhecimento de programação para fazer algumas customizações e integrações”.
Segundo ele, nessa plataforma os desenvolvedores podem agilizar os seus processos. Elas trazem uma base pronta, então, os programadores complementam acrescentando programações personalizadas. Isso não pode ser feito na tecnologia no code.
O que considerar na concepção de um projeto baseado em no code?
Não é preciso ter conhecimentos de programação para utilizar uma plataforma no code, mas são necessárias considerações para que o projeto seja bem executado. De acordo com Caio, os primeiros passos envolvem ter um processo muito bem mapeado.
É preciso saber exatamente aquilo que se deseja criar, o que é necessário construir, as dificuldades e os propósitos. Isso tanto para que o projeto fique bem alinhado quanto para escolher a plataforma que melhor atende tudo isso.
Afinal, o especialista do Oxigênio explica que existem diversas plataformas no code, nacionais e internacionais; com um conceito mais simples ou mais complexo; soluções gratuitas e módulos pagos.
Uma boa definição daquilo que você precisa é essencial para fazer a escolha da plataforma que será utilizada. Uma opção simples sugerida por Caio é Glide Apps, na qual são necessários conhecimentos parecidos com os de Excel. Também podem ser utilizadas a Bubble e a AppGyver.
Gincana Tech: edição no code
Para contribuir com o aprendizado sobre novas tecnologias, a Oxigênio realiza desde 2018 a Gincana Tech. Caio conta que o principal objetivo desse evento é trazer novos experimentos com tecnologias inovadoras para que as pessoas possam aplicar nas áreas em que atuam, estimulando colaboradores a repensar seus processos.
“A gente pega a tecnologia do momento, tecnologias emergentes, e lança a gincana para as pessoas pegarem os processos que elas trabalham no dia a dia e ver o quanto essa tecnologia vai ajudar”, ele explica.
Depois de realizar edições sobre RPA (Robotic Process Automation) e I.A. (Inteligência Artificial) em 2021 a Oxigênio lançou a Gincana Tech com o tema no code. Foram 10 grupos formados pelos colaboradores da Porto, sem conhecimento de programação e que não atuavam com T.I.
Eles trouxeram 10 problemas diferentes e desenvolveram soluções para esses desafios enfrentados no dia a dia do seu setor. Renato Asse participou como palestrante do evento e mentor principal dessa edição.
“Apresentamos aos colaboradores tudo que é possível criar dessa forma, e pedimos que eles pensassem em melhorias tecnológicas que pudessem ser implantadas em seus setores”, explica Renato.
De acordo com Caio, esse é um evento que ajuda as pessoas a entenderem que a tecnologia faz parte do dia a dia. Contribui para quebrar preconceitos e estimula o aprendizado de uma forma leve e simples. Mostra que os recursos tecnológicos são aliados para minimizar tarefas repetitivas e operacionais.
Rodrigo Mendes Marques, que atua com Gerência de Desenvolvimento da Produção na Porto Seguro, participou da Gincana Tech e disse que ele e os outros participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre:
- técnicas de Design Thinking;
- construção e apresentação de Pitch;
- criação de MVP (Minimum Viable Product);
- tecnologias No Code e Low Code.
“Aprendemos que construir um aplicativo pode ser muito mais fácil do que parece, sem a necessidade de horas e horas de aprendizado e programação, apenas precisando saber a lógica do aplicativo e como desejamos resolver o nosso problema”, conta.
Todos os projetos foram apresentados para uma banca de gerentes e diretores da Porto Seguro e todos viram um grande potencial na tecnologia no code. Os resultados junto aos participantes foram ótimos.
“O melhor resultado foi que as pessoas se sentiram empoderadas no sentido da tecnologia; viram que ela não é só para aquele que trabalha com T.I., é para todos, inclusive para elas. Quando impacta no dia a dia, o processo de aprendizado é melhor. É muito mais fácil entender e participar”, diz Caio.
Para os participantes do projeto, a experiência também foi muito positiva, como conta Rodrigo: “participar da Gincana Tech foi uma das melhores experiências corporativas que eu já tive, nos motivando com um projeto fora do nosso escopo de trabalho. Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas talentosas de outras áreas”.
As plataformas no code trazem a tecnologia para perto das pessoas e mostram para aquelas que não têm conhecimento de programação que desenvolver projetos é muito simples e intuitivo. A realização de eventos como a Gincana Tech faz toda a diferença para divulgar e descomplicar o tema, vencendo preconceitos e mostrando a ampla aplicação da tecnologia no dia a dia.
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