O que são criptomoedas e por que aderir na sua startup?
Investir em inovação e tecnologia é algo comum para as startups, e um dos maiores diferenciais desse modelo é justamente a flexibilidade em criar e adotar novas soluções. Por isso, aproveitamos o momento para falar sobre uma das principais tendências dos últimos anos. Afinal, você sabe o que são criptomoedas? Caso não, sem problemas!
O nosso objetivo é justamente trazer o assunto para a sua atenção, explicando tudo o que você precisa saber sobre o tema. Aqui, você entenderá o que são as criptos, como essas moedas surgiram, onde comprar, quais são os benefícios e, por último e mais importante, quais cuidados ter ao realizar esse tipo de investimento. Então, não perca tempo e acompanhe!
Sumário
O que são criptomoedas?
Também conhecidas como “criptos”, as criptomoedas são projetos de moeda digital. Em sua maioria, esses projetos são estruturados sobre a tecnologia blockchain, uma arquitetura de banco de dados que ficou muito famosa a partir da popularização do Bitcoin (BTC), o primeiro case de sucesso na criptoeconomia.
Desde sua origem, o objetivo das criptos foi advogar por um mundo financeiro descentralizado, em que pessoas e empresas não estariam mais sujeitas a cobranças de tarifas e burocracias para realizar transações, negócios e investimentos. Assim como em qualquer outro setor, existem os projetos promissores e aqueles que são “perda de tempo”.
Como as criptomoedas surgiram?
De certa forma, podemos considerar que o “nascimento” das criptos aconteceu em 31 de outubro de 2008. Essa foi a data em que o white paper (artigo relatório técnico-acadêmico) do Bitcoin foi inicialmente publicado, sendo distribuído em uma newsletter de contatos interessados em criptografia.
O artigo “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” ainda pode ser lido na íntegra. Conforme o BTC ganhou tração, novos projetos e iterações foram criados, inspirando-se no mesmo conceito temático do artigo original. Portanto, um sistema financeiro eletrônico P2P, em que as transações econômicas eram estabelecidas entre os próprios agentes/usuários.
Em 30 de julho de 2015, o Ethereum (ETH) foi implementado, hoje, o principal concorrente de mercado do BTC. Em 16 de março de 2020, a Solana (SOL). Em meados de setembro de 2020, a Avalanche (AVAX). O Bitcoin foi o protocolo que apresentou e popularizou a ideia ao mundo e, inevitavelmente, inspirou a criação e o aprimoramento de projetos posteriores.
Quais as criptomoedas mais rentáveis?
Criptoeconomia e rentabilidade são temas delicados, mas bastante relacionados. A primeira questão a se saber sobre criptomoedas é sobre o seu caráter extremamente volátil. Se adotarmos uma análise mais ampla, com um intervalo de longo prazo, observamos ganhos expressivos desde a fundação dos projetos.
No entanto, em um intervalo curto o suficiente, a conclusão pode ser completamente diferente. Para fins de rápida consulta, utilizaremos o monitor padrão disponibilizado pelo Google assim que você pesquisa “ticker do ativo” + “price”, considerando o intervalo máximo:
- o Bitcoin (BTC) valorizou mais de 10.600% desde 20 de novembro de 2015;
- o Ethereum (ETH) valorizou mais de 22.600% desde 14 de outubro de 2016;
- a Cardano (ADA) valorizou mais de 700% desde 1 de dezembro de 2017.
Onde comprar criptomoedas?
Atualmente, já é possível comprar criptomoedas em uma grande variedade de plataformas disponíveis na internet. Primeiro, existem as corretoras tradicionais, conhecidas como centralized exchanges. No Brasil e no mundo, exemplos de destaque são companhias titânicas como Binance e Coinbase.
Também nesse segmento, estreando mais recentemente nesse mercado, estão as plataformas de investimentos de algumas fintechs brasileiras. Por meio da NuInvest da NuBank, por exemplo, já é possível acessar uma grande variedade de criptoativos sem deixar o app do banco — uma abordagem que começa a ser implementada por bancos maiores.
E por fim, existem as DEX, as decentralized exchanges — em português, as corretoras descentralizadas. Nessas plataformas, a transação dos ativos é feita diretamente entre os usuários, em relações P2P (ponto a ponto). Aqui, destacamos iniciativas como Uniswap e Pancake Swap.
O que as startups ganham com as criptomoedas?
Mas afinal de contas, por que as startups deveriam aportar no mundo das criptomoedas? Bem, novamente, retornamos ao ponto da inovação e tecnologia. A depender da sua atividade e segmento, a criptoeconomia pode oferecer um mundo de novas oportunidades. Isso ficou mais evidente para startups do setor criativo, voltadas às artes digitais e ao entretenimento.
Para quem decidiu apostar no metaverso, investir e operar com criptomoedas foi uma das únicas maneiras de monetizar sua produção nesses ambientes, por exemplo, com a venda de NFTs, a criação de jogos e tokens e por aí adiante. No entanto, também existem qualidades pragmáticas a favor da adoção das criptomoedas e dos seus protocolos.
Primeiro, há a perspectiva de rentabilidade, o que pode justificar a alocação de uma porção do caixa da empresa, com a expectativa de retorno futuro. Em seguida, existe a descentralização. Por oferecerem meios de transferência sem intermediários, as criptomoedas se tornam uma forma inovadora de fazer negócio em qualquer parte do mundo.
Quais os cuidados ao investir em criptomoedas?
Antes de tudo, é muito importante alinhar suas expectativas e, naturalmente, identificar os riscos. É fato que as criptomoedas oferecem uma rentabilidade explosiva. Mas também vale ressaltar que isso acontece acompanhado de uma volatilidade altíssima que, muitas vezes, pressionam os investidores mais moderados para fora do mercado.
Não por acaso, uma das melhores formas de aportar em cripto é garantir a sua total independência do valor aplicado. Em outras palavras, investir valores que não são cruciais para a sustentabilidade da startup. Dessa forma, é possível moderar a exposição da empresa às criptos, sem colocar a saúde operacional do negócio em risco.
Outro detalhe muito importante é a questão da custódia. No mundo cripto, existe um ditado muito pertinente: “not your keys, not your coins”. Em português, algo como se as chaves não são suas, as moedas também não são. Isso reforça a importância do uso de cold wallets (carteiras frias em hardware) para armazenar as suas moedas, em vez de deixá-las nas corretoras ou carteiras digitais.
Dessa forma, é possível maximizar a segurança da custódia dos ativos e minimizar os riscos de uma perda por conta de um ataque. É por isso, entre outras coisas, que muitas pessoas preferem a negociação em corretoras descentralizadas, transacionando as criptos diretamente de quem vende, e não por meio de intermediários.
O mundo das criptos é repleto de detalhes e curiosidades. Da forma como percebemos, é um universo com muitas oportunidades, sobretudo para startups que desejam pivotar e investir no metaverso. No entanto, como com qualquer outra novidade, é preciso agir com cautela, conhecendo os riscos e as vulnerabilidades.
E aí, você gostou deste post esclarecendo o que são criptomoedas? Lembrou de outro detalhe interessante que merece a atenção da galera? Então, aproveite para enriquecer o bate-papo e deixe o seu comentário abaixo.