Entenda como a realidade aumentada se relaciona com o metaverso
Nos últimos anos, novas tecnologias começaram a ganhar a atenção do mercado. Entre metaverso, realidade aumentada, virtual e mista, existem muitas soluções que podem mudar o futuro do entretenimento, do consumo e do trabalho. Por isso, elaboramos este material completo sobre o assunto.
O objetivo é esclarecer o que é a realidade aumentada e qual a sua relação com o metaverso. Para isso, explicamos como a AR é utilizada, quais suas vantagens e como essas novas tecnologias podem revolucionar o futuro. Então, não perca tempo e acompanhe!
Sumário
O que é realidade aumentada?
A palavra “realidade” está ganhando muitos significados nas últimas décadas, sobretudo por conta da constante inovação. Por isso, a melhor forma de entender a AR (Augmented Reality — Realidade Aumentada) é comparando-a com outros conceitos e tecnologias simultâneas.
Realidade presencial
A realidade presencial é a realidade “real” e física em que todos vivemos. Essa é a dimensão na qual experimentamos nossas vidas e, como todos sabemos, estamos restritos a limitações físicas, geográficas, espaciais e materiais.
Realidade virtual
Em seguida, temos a realidade virtual (VR, Virtual Reality). Essa expressão foi utilizada pela primeira vez lá na década de 1980, quando o lendário cientista da computação Jaron Lanier usou o termo para indicar a realidade de mundos paralelos, criados em ambientes digitais e programados.
O objetivo da realidade virtual é promover a imersão tridimensional dos usuários nos ambientes digitais, utilizando hardware e software para emular a ilusão de presença. É por isso que existem dispositivos vestíveis, como os óculos de realidade virtual, para projetar nossa presença e os nossos sentidos nas dimensões digitalizadas.
Realidade aumentada
Como sugere o nome, o objetivo dessa abordagem não é criar universos na dimensão virtual e imergir os usuários, mas expandir a funcionalidade, a informação e a comodidade da realidade presencial por meio de uma camada adicional de dados contextuais.
Você se lembra do Google Glass? Aquele foi um exemplo primário do potencial dessa tecnologia. Basicamente, o óculos equipava um pequeno cubo translúcido onde seria a lente, que funcionava como um heads-up display, exibindo informações contextuais para a experiência do usuário no canto superior do seu campo de visão.
Ou seja, o usuário continuava imerso na realidade presencial, mas esta é enriquecida pelas informações da realidade aumentada, oferecendo direcionamento GPS, controle multimídia, leitura de e-mails e interações básicas de mensagem e chamadas.
Como a realidade aumentada é utilizada?
Hoje, o Google Glass é passado, mas a AR continuou se desenvolvendo no mercado, muito por conta da própria Google e de muitos outros desenvolvedores independentes, sobretudo nos ecossistemas Android e iOS. Atualmente, existem inúmeros apps capazes de traduzir placas, identificar espécies de plantas, animais e afins.
Outro exemplo ainda mais prático e popular disso são os famosos filtros do Instagram, Snapchat e TikTok. Tudo isso consiste em realidade aumentada, quando uma camada de conteúdo gerado computacionalmente é adicionada sobre a representação da realidade presencial.
Nessa mesma pegada, também vale destacar grandes marcas que apostam na tecnologia como uma forma de catalisar suas vendas, permitindo que os consumidores usem seus smartphones para visualizar digitalmente como os itens ficariam dentro de sua casa.
Com o avanço dessa tecnologia, combinado à popularização da 5G, já é possível vislumbrar o futuro das smart cities, que se tornarão ainda mais práticas, funcionais e inteligentes, aplicando conceitos de realidade aumentada e mista.
Quais as vantagens da realidade aumentada?
O maior diferencial dessa tecnologia é a sua capacidade de expandir a funcionalidade e o sentido da realidade presencial. Você está de férias no interior da Holanda e não sabe ler uma placa? Basta apontar um app de tradução AR em tempo real e pronto: a placa se apresenta no idioma escolhido.
Esse é um exemplo prático de como a AR pode trazer sentido para a realidade presencial. Mas também é preciso considerar os benefícios práticos para as novas empresas e startups. Nos últimos anos, ocorreu um grande número de aquisições de startups de AR por gigantes de setores consolidados.
Como destacamos antes, para empresas de móveis e decorações, a AR é uma oportunidade de projetar seu produto dentro da casa do consumidor, encurtando ainda mais o caminho entre a ponderação, o desejo e a compra. A própria Apple é uma forte propulsora dessa tecnologia.
Já faz alguns anos que os modelos mais sofisticados de iPhone e iPad equipam “sensores LIDAR”, que ampliam a inteligência espacial do dispositivo, fazendo com que ele avalie profundidade e projete aplicações de AR com maior precisão, eficiência e comodidade.
Qual a relação entre a realidade aumentada e o metaverso?
A um primeiro momento, pode parecer que metaverso e AR são conceitos que não se misturam. Afinal de contas, o metaverso é uma instância vivenciada nas aplicações de realidade virtual, onde o usuário mergulha na realidade digital — e não a vivencia paralelamente à realidade presencial.
No entanto, é possível enxergar aplicações integradoras como uma ponte entre os dois mundos. Vamos considerar como exemplo a era de ouro dos jogos e apps mobiles. Por muito tempo, a melhor estratégia para fazer os usuários retornarem aos apps foram as notificações push.
Sim, aquelas que surgem de tempos em tempos, com mensagens engraçadas, contextuais e convidativas sobre o que te espera no app. Com a realidade aumentada, as próprias notificações podem se tornar mais ricas e imersivas. O convite para o usuário voltar à realidade virtual pode ser feito por meio de um app de AR.
Imagine um jogo de VR em que você tem o seu avatar 3D. Para atiçar sua vontade de retornar àquele mundo, a notificação em AR pode chamar sua atenção na vida real e projetar o seu personagem na realidade presencial, convidando você para retornar à diversão do jogo, engajando muito mais do que apenas com o texto.
Além disso, a AR também pode funcionar como uma storefront, literalmente, um canal de venda alternativo para as experiências do metaverso. Em vez de estar imerso na VR para consumir, você pode fazer isso diretamente pelo smartphone, experienciando parcialmente as características dos itens comprados.
Como essas tecnologias podem transformar o consumo?
Mesmo sem ser integrada ao metaverso, a realidade aumentada já é um catalisador de vendas na circunstância atual. Até mesmo montadoras automotivas entraram na brincadeira, permitindo que você projete determinado modelo em sua garagem, aguçando ainda mais o gatilho do consumo.
E o metaverso, por si só, representa a criação de uma nova dimensão de soluções de produtividade e entretenimento, sugerindo o mesmo potencial econômico e explosivo que a popularização do e-commerce, no fim da década de 1990, e o boom dos aplicativos em pré-2010.
Para investir nesse setor, é preciso contar com uma visão clara do que você quer criar e uma equipe competente para o desenvolvimento das soluções. Em AR, usam-se muitas tecnologias densas, como computação gráfica, inteligência artificial, aprendizado de máquina e até mesmo big data.
Como pôde ver, a realidade aumentada tem um potencial imenso de amplificar o consumo e melhorar a experiência e a jornada do cliente. Não por acaso, o segmento vem recebendo tanta atenção de mentes criativas e técnicas para criar os “unicórnios” do amanhã.
Agora que você sabe como a realidade aumentada pode transformar o nosso futuro, aproveite para seguir se atualizando sobre o tema. Para isso, basta curtir a nossa página no Facebook!