Confira os 5 princípios básicos da inovação radical e saiba como adotá-los!
Em plena transformação digital, negócios que adotam um modelo criativo têm mais chances de sucesso e adaptabilidade a diferentes cenários. Por esse e outros motivos, saber o que é inovação radical é um princípio básico para muitas organizações em diversos segmentos.
Conhecer esse tipo de modelo e saber como ele se difere dos outros é importante para compreender qual é o viés de mudança adequado para o perfil da sua startup. Da mesma forma, você aprende a tornar sua empresa mais inventiva, a acelerar processos e a criar soluções, produtos e iniciativas indispensáveis para um negócio mais competitivo e relevante no mercado atual.
Com o objetivo de orientar melhor sobre o assunto, elaboramos este artigo para explicar o que é a inovação radical, mostrando 5 princípios básicos para implementar essa ideia na sua startup. Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura e confira!
Sumário
Afinal, o que é a inovação radical?
Ela acontece quando, após investir em pesquisa e desenvolvimento, uma pessoa ou empresa propõe um novo modelo ou solução para alguma questão. Essencialmente, é o surgimento de algo completamente inovador, que pode ser um produto, um conhecimento ou uma ideia.
Em geral, inovações radicais assumem um caráter revolucionário, já que elas tendem a modificar a forma como as coisas são vistas ou feitas em determinado nicho. Ao mesmo tempo, abrem espaço para novos modelos de negócio, muitas vezes alterando profundamente as empresas.
Por isso, essa prática pode trazer transformações estruturais, operacionais, comportamentais ou tecnológicas. Um bom exemplo disso é a computação na nuvem (Cloud Computing), que mudou totalmente a maneira como as pessoas compartilham e armazenam dados. Paralelamente, essa tecnologia possibilitou o surgimento de alguns negócios e o aprimoramento de tantos outros.
Outro case de sucesso é a Netflix, a plataforma on-line de streaming de filmes e séries. Funcionando como uma grande videolocadora digital por meio de assinatura mensal, a empresa modificou a forma como as pessoas assistem à TV e consomem entretenimento audiovisual.
Dessa maneira, disponibilizou uma alternativa para os usuários que não querem alugar filmes ou assistir à programação do sistema televisivo convencional.
Quais são os princípios básicos?
Entender o que é a inovação radical em um segmento se torna possível a partir de uma mudança de mindset. Confira, a seguir, 5 pilares essenciais e veja como aplicá-los na sua startup.
1. Autonomia
O processo de inovação pode vir de qualquer lugar e acontece, na maior parte das vezes, de dentro para fora. Isso significa que, para conquistar resultados transformadores, é preciso modificar a estrutura organizacional da empresa.
Para trabalhar em um clima que favoreça a criatividade e o fluxo de ideias, os colaboradores precisam ter autonomia para se expressar, trocar experiências e colocar diferentes projetos em prática. Propicie um ambiente receptivo e flexível para encorajar a participação e o surgimento de novidades.
2. Criatividade
Uma ideia que hoje é inovadora pode ser vista de maneira diferente amanhã. A Netflix, por exemplo, chegou a essa conclusão em relação ao seu próprio modelo de negócios: o projeto era bom, mas, em pouco tempo, a empresa percebeu que ele poderia acabar.
Para contornar essa possibilidade, a companhia remodelou sua proposta, passando a investir em conteúdo próprio para manter a exclusividade e a competitividade do modelo. Como resultado, atraiu clientes interessados nas criações e fidelizou muitos outros.
Assim, a inovação radical também está muito relacionada à criatividade e à importância de assumir uma postura proativa, tomando medidas fora da zona de conforto. O intuito é reinventar continuamente, pensando no futuro e analisando e antecipando tendências.
3. Gestão ágil
No primeiro ponto, falamos sobre a relevância de uma equipe que tenha liberdade e trabalhe de forma inovadora. A partir desse momento, uma manobra válida é adotar uma metodologia ágil, como a Lean Startup.
Essas abordagens são pensadas em um esquema de passos simples. Quando seguidos, mostram para o empreendedor um caminho para tracionar seu negócio de forma otimizada, com investimento baixo e gerando resultados mais rapidamente.
4. Trabalhos com parceiros
Firmar parcerias é uma excelente forma de crescer com o apoio de empresas com as quais a startup compartilha valores. Ao unir forças com outras corporações, é possível ampliar a rede de relacionamentos, os clientes e o alcance.
Por exemplo, se um projeto estiver em desenvolvimento em uma empresa, ela pode procurar outra instituição que tenha interesse em apoiá-lo tanto em termos financeiros quanto pela viabilização de uma ferramenta tecnológica.
5. Mentalidade de investidor
Investidores geralmente apostam muito em novas ideias e, para isso, eles analisam riscos. Para muitos, arriscar é a atitude correta quando se pretende ter altos retornos — algo que tem tudo a ver com a inovação radical.
Sendo assim, tente, em certos momentos, não se preocupar excessivamente com riscos. Ainda se lembre de que, para dar grandes passos e promover revoluções, é preciso se aventurar com novas ideias.
Qual é a diferença entre inovação radical e disruptiva?
Ao saber o que é inovação radical, fica claro que ela apresenta mudanças que alteram a base de modelos de negócios, trazendo novos produtos, processos, métodos, práticas de gestão, entre outros. Em muitos casos, marca o início de um novo ciclo.
Nesse caminho, um tipo de inovação radical é a disruptiva, que abala um contexto ou mercado já consolidado, impulsionando uma nova situação ao mesmo tempo em que desenvolve soluções.
Como exemplo disso, temos o aplicativo de transporte Uber. Ele foi o pioneiro e possibilitou que vários outros semelhantes surgissem. Contudo, seu aparecimento no mercado foi determinante para colocar em xeque o sistema de táxi.
Qual a diferença entre inovação radical e incremental?
Para saber o que é inovação radical, é preciso entender que ela impacta um produto ou processo de forma drástica em relação ao custo ou performance. Com isso, mercados são criados ou transformados, mesmo com a caracterização de incertezas, como por exemplo:
- incertezas técnicas: referem-se a aspectos da validade do conhecimento científico, dos resultados obtidos com a tecnologia empregada, de questões relacionadas à evolução do produto e das especificações técnicas;
- incertezas mercadológicas: são relativas a desejos e necessidades do consumidor. Também têm a ver com estratégias de distribuição e venda;
- incertezas organizacionais: têm relação com a competência da equipe que executa o projeto. Exigem o recrutamento das pessoas certas para estabelecer um bom relacionamento, saber lidar com as inconstâncias e superar as orientações direcionadas a resultados de curto prazo;
- incertezas de recursos: abrangem as competências necessárias para a execução do projeto e a descoberta de capital. Também foca o desenvolvimento de um orçamento, a identificação de parceiros e sua gestão de forma eficaz.
Por isso, o foco da inovação radical é mudar o relacionamento entre fornecedores e consumidores. Também ocorre uma reestruturação de aspectos econômicos do mercado e a criação de categorias de produtos e serviços. Os itens já existentes são derrubados para darem lugar a algo novo. Desse modo, há um tracionamento visando ao longo prazo.
Por sua vez, a inovação incremental tem como foco a melhoria de produtos já existentes. O objetivo é aprimorar a percepção de benefícios pelo consumidor. Portanto, a forma de consumo e o modelo de negócio são pouco impactados. O efeito é focado nos negócios.
De modo geral, as inovações incrementais atendem a critérios de redução de custos e melhorias de produtos e serviços. É como uma melhoria contínua de processos, mas com impacto relevante na participação de mercado, na estrutura de preços, no faturamento, entre outros aspectos. Portanto, esse projeto tem um período curto, de seis meses a dois anos.
Quando investir em inovação radical?
A resposta depende do contexto em que sua empresa se encontra no momento. O ideal é estar na etapa de planejamento ou de ignição de desenvolvimento de um produto ou serviço. Isso porque esse é o período em que as hipóteses são consideradas.
Como o produto ainda é considerado uma aposta, saber o que é a inovação radical e implementá-la é bastante favorável. A empresa está em um mercado de alta participação, mas com baixo tracionamento. Ao adotar a estratégia, é possível receber uma validação dos consumidores.
Dessa forma, você percebe se há potencial e deve continuar investindo ou se o melhor é deixar a ideia para trás. Caso o resultado seja positivo, é preciso incorporar o produto ao core business.
Quais são os benefícios que ela gera para a empresa?
Existem várias vantagens ao adotar a inovação radical. As principais são:
- tracionamento a longo prazo por meio das transformações realizadas;
- possibilidade de dominar o mercado ao criar produtos e alterar o relacionamento entre clientes e fornecedores;
- potencial de expansão dos nichos de atuação organizacional;
- desenvolvimento de capacidade elevada para renovação e reinvenção do negócio;
- impacto elevado no mercado, com a atração de clientes;
- possibilidade de tracionar a empresa além da projeção do setor atual.
Com base nessas informações, concluímos que a inovação radical é um processo que parece ser desafiador e, definitivamente, arriscado. No entanto, ela é capaz de conduzir mudanças expressivas e revolucionárias no mercado e nos modelos de negócio, gerando resultados surpreendentes.
As startups, amplamente marcadas pela cultura da transformação, têm como características a criatividade e a renovação. Por isso, elas tendem a ser um terreno fértil e o perfil ideal para entender e aplicar o que é inovação radical.
Gostou do post? Se sim, compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais para que sua rede tenha acesso a essas ideias de transformação!